Centenas de pessoas foram às ruas para lutar pelos direitos das pessoas com sofrimento mental.
Centenas de pessoas se reuniram nesta quinta-feira, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, em uma passeata que marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Desde a década de 80, o dia 18 de maio é marcado pela dedicação de familiares, amigos e sociedade em geral, que batalham pelos direitos de pessoas com sofrimento mental.
A ação em Belo Horizonte foi realizada pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental. Os presentes saíram da Praça da Liberdade e percorreram diversas ruas da região, incluindo as avenidas Afonso Pena e João Pinheiro, acompanhados da Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tam Tam.
Alunos e professores da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) também estiveram no evento e prepararam cartazes e fantasias para a passeata. Professor da PUC Minas, Flávio Durães explica a importância dessa luta e de ações como a desta quinta-feira.
“O dia 18 de maio é um dia de reflexão sobre o lugar que a saúde mental deve ocupar não somente na cidade, mas em todo o Brasil. É importante pensarmos em toda uma rede para acompanhar essas pessoas, refletirmos sobre a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) e do papel da própria sociedade”, diz ele.
Conforme o professor, é importante que as pessoas pensem na possibilidade de um modelo de atenção psicossocial como substitutivo aos hospitais psiquiátricos. “Dessa forma, é possível oferecer uma assistência de melhor qualidade, mais ligada à comunidade, mais personalizada. Isso é diferente de ter instituições com custos altíssimos que nem sempre têm a proposta de inclusão dessas pessoas na sociedade”, diz.
Via: https://www.otempo.com.br/cidades/passeata-na-regiao-centro-sul-de-bh-marca-dia-nacional-da-luta-antimanicomial-1.2871820