Em Belo Horizonte, o “aquecimento” dos protestos começou no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Neste domingo, na Praça da Liberdade, Centro-Sul, um vendedor ambulante vende bandeiras brasileiras
Ele espera vender todas as bandeiras para as manifestações marcadas para acontecer na próxima terça-feira (7/9). Milhares devem sair às ruas para apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pedir o fim do Supremo Tribunal Federal (STF) e a ruptura dos poderes com a intervenção militar.
“Pretendo vender mais no dia 7. Vim aqui para sentir o clima. Estou vendendo para tirar uma renda mesmo”, afirmou José à reportagem do Estado de Minas.
A médica e advogada, Eneida Gontijo, 67 anos, comprou uma das bandeiras do ambulante. “Com certeza, estou com muita esperança para que a gente retome nosso país”, declarou.
Frequentadora da Praça da Liberdade, a médica conta que toda a família estará na praça para apoiar o chefe do Executivo federal. “Comprei mais uma bandeira. Tenho uma já, está na janela da minha casa”, conta. “É o símbolo da nossa pátria. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, declarou, repetindo o bordão do presidente.
A bandeira do Brasil acabou se tornando símbolo das manifestações a favor de Bolsonaro. Com a intenção de reacender o patriotismo brasileiro, o presidente adotou as cores verde e amarelo na campanha presidencial. Junto com a bandeira, o slogan: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
O dia 7
As manifestações do 7 de Setembro foram inflamadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nos últimos meses, ele vem falando para apoiadores que ganhou as eleições presidenciais de 2018 em primeiro turno. Para o presidente, as eleições foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações ampliaram as tensões entre Bolsonaro e o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, também ministro do STF.
Barroso defende que as eleições são justas e que as declarações do presidente não passam de fake news.
Após diversos xingamentos do presidente direcionados a Barroso, ao TSE e também ao STF, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.
A ação implodiu uma verdadeira “guerra” contra o Supremo. Agora, apoiadores do presidente marcham a Brasília para protestar contra a Corte, pedir o voto impresso e auditável, o impeachment de Barroso e Moraes, e caso a Corte não seja extinta, a implantação de um regime militar.
Via: Estado de Minas