Colorido toma conta da Praça da Liberdade com grafite de 54 tapumes

A Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ganha cores. Começou na manhã deste domingo a grafitagem dos tapumes que fecharam o local para as obras revitalização, previstas para serem concluídas em  novembro. No total, 54 artistas assinam as obras do Mural da Liberdade. As  alamedas da Educação e da Segurança, onde hoje estão o Memorial Vale, Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) estão fechadas para que as pessoas possam circular e ver o trabalho sendo feito e ainda curtir a programação do dia.

Os artistas poderão ser vistos com a mão na massa até as 19h. No local, há foodtrucks, brinquedos infláveis e pula-pula para as crianças. A iniciativa é promovida pelo Instituto Amado, a Galeria de Arte Quartoamado e profissionais individuais, com apoio da Prefeitura de BH (PBH). A curadoria do festival é do artista, grafiteiro e historiador de arte urbana Binho Barreto, da grafiteira e integrante do coletivo Minas de Minas Carol Jaued, e da ativista e produtora cultural Sara Moreno. “É o maior museu temporário a céu aberto da América Latina”, afirma um dos organizadores, Gustavo Ziller. “Uma coisa é ver um grafite num muro ou num viaduto. Outra, é ver 54 grafites na Praça da Liberdade”, diz.

Uma das artistas é a grafiteira Nayara Géssica Moreira, a Nica, que vai trabalhar com as letras estilizadas que são sua marca registrada. No fundo, palavras como amor, paz e reciprocidade, vão passar mensagens positivas. “Tenho até o fim do dia para terminar. Há muito trabalho ainda a ser feito”, diz.

A revitalização completa do complexo turístico é tocada pela prefeitura, pelo governo do estado, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), e por uma empresa privada. A praça vai passar por uma renovação sistema de iluminação, restauração do coreto, da estátua Ninfa e do piso da pista de caminhada, reinstalação das placas de monumentos e a reformulação do mobiliário. Ela vai receber equipamentos com padrões arrojados de design com a renovação de bancos e lixeiras. O espaço foi inaugurado em 1897 e foi tombado como patrimônio há 40 anos pelo Iepha.

 

 

Via: em