(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Festival Arte no Prato celebra a música e a culinária de Minas Gerais na Praça da Liberdade

Evento gratuito reúne ainda outros nomes da música mineira durante o fim de semana. Marcio Greyck e integrantes do Clube da Esquina se apresentam na Praça da Liberdade.

O festival Arte no Prato vai celebrar a música e a culinária de Minas Gerais na Praça da Liberdade. O evento reunirá importantes chefs da capital e artistas nascidos no estado. A programação de shows vai contar com a cantora Aline Calixto – representante da nova geração do samba – e com Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta e 14 Bis, expoentes do Clube da Esquina.

O repertório romântico do veterano Márcio Greyck será uma das atrações de sábado (16). Aos 70 anos, Greyck diz que as raízes mineiras se manifestam fortemente em suas canções. “Meu repertório é influenciado pelas antigas serestas, aquele romantismo ingênuo que sempre imperou em Minas Gerais e que mantenho vivo. Esse festival será uma nobre oportunidade de me encontrar com outros colegas e promover a integração da nossa cultura”, avalia.

Greyck se define como cantor romântico, rejeita o status de “brega” conferido a seu estilo e comemora o resgate das canções de amor por novos gêneros, como o feminejo. “A música romântica precisa se manter contemporânea, valendo-se de questões e expressões atuais. Mas o sentimento é sempre o mesmo. A sociedade se perdeu com as mídias anárquicas, que tentam menosprezar e diminuir o valor do romance, que é o grande alimento do amor e dá subsídios para que ele sobreviva”, defende.

Um dos hits de Greyck, Impossível acreditar que perdi você, inspirou a diretora Monique Gardenberg no longa-metragem Paraíso perdido, lançado há poucas semanas. Gravada na década de 1970, a canção foi registrada por mais de 100 intérpretes, segundo o compositor. Ela também fez parte da trilha sonora de Cine Holliúdy (2012), filme de Halder Gomes, que tem o mineiro como ator. “Faço um personagem que foi escolhido por mim. Disse que só aceitava participar se fosse para fazer o papel de bandido, um estelionatário, porque artista já fui a vida inteira”, brinca Greyck.

CLUBE 

Artistas do Clube da Esquina não poderiam ficar de fora do festival, afirma Cícero Yco, idealizador do evento. “Maria-fumaça, bola de gude, o afeto entre amigos e outros elementos cantados nas músicas do Clube são a cara de Minas Gerais”, avalia.

“A ideia do Arte no Prato é movimentar a indústria do turismo por meio de nossa música e da nossa gastronomia. Será um evento totalmente mineiro”, diz Yco. Feijão tropeiro, feijoada mineira, canjiquinha, pão de queijo com café terão lugar garantido. Cerca de 15 restaurantes da capital marcarão presença nos estandes.

Artistas voluntários do Instituto Mário Penna vão confeccionar pratos que homenageiam chefs de cozinha presentes e famosos pontos turísticos da capital, como a Praça do Papa e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

No domingo, os músicos cederão espaço para a Seleção Brasileira, que entra em campo contra a Suíça. A partida será exibida em quatro telões, depois do show da banda Hocus Pocus.

FESTIVAL ARTE NO PRATO

» Sábado (16)
Papagaio Elétrico (14h), Márcio Nagô (15h), Rota 66 (16h), U2
Latin American (17h), Márcio Greyck (18h) e 14 Bis (20h30)

» Domingo (17)
Quadrilhas e congadas (13h), Hocus Pocus (14h), Aline Calixto (18h),
Lô Borges (19h), Beto Guedes (20h) e Toninho Horta (21h)

» Praça da Liberdade, Funcionários. Entrada franca.