O Palácio da Liberdade é um dos locais culturais da capital mineira que participam do Circuito de Museus, programa da Prefeitura de Belo Horizonte que desperta o olhar crítico de educadores e estudantes para a interpretação e apropriação dos bens culturais da cidade.
Até dezembro, todas as quartas, em dois horários, às 8h e às 14h, professores e alunos de escolas municipais participarão de visitas mediadas ao palacete, um dos ícones do Circuito Cultural e Turístico Liberdade. As visitas têm como eixo a História de Belo Horizonte.
Alunos das escolas municipais Dora Tomich Laender, do bairro Minas Caixa, e Sebastião Guilherme de Oliveira, do bairro Olaria, foram os primeiros na quarta-feira (10/8) a retomar o projeto municipal, que foi suspenso nos últimos dois anos em função da pandemia de Covid-19.
Portfólio de ações educativas
Na visita mediada por estagiários do Educativo do Palácio, que está sob a gestão e promoção da APPA — Arte e Cultura, as crianças, com idades entre 9 e 12 anos, descobriram um pouco da história do monumento histórico e participaram da atividade lúdica “Redes da Cidade”.
Essa é apenas uma das 24 atividades complementares do Portfólio de Ações Educativas às visitas oferecidas pelo Educativo, comenta a coordenadora Ana Luíza Neves, e foi escolhida por estar diretamente relacionada ao tema. “Mostramos o Palácio como espaço público, contextualizamos sua construção e importância para a cidade”, destaca.
Na dinâmica, as cerca de 30 crianças das escolas municipais foram divididas em dois grupos de 15: enquanto um está na visitação, o outro participa da atividade complementar. Essa era a primeira vez que tanto alunos quanto professores estavam pisando no palacete da Praça da Liberdade.
Encantamento
Durante o tour ao Palácio, as crianças não esconderam o encantamento com o que viram e aprenderam. Um fato em especial chamou a atenção delas: a visita dos reis da Bélgica Alberto e Elisabeth ao palácio em 1920 e o inusitado presente dos nobres à cidade – um casal de cisnes negros.
Os cisnes, não os originais, claro, estão lá e se exibem para os visitantes. Bernardo Valadares, 10, era um dos mais interessados nessas histórias. Disse que ficou impressionado com as pinturas e a enorme mesa de madeira do Salão de Banquete, na sua opinião, o espaço mais bonito.
Gabriel Renan, 11, acrescenta entre os espaços preferidos o quarto da rainha por causa de seu colorido, já Riquelme Vieira, 10, se deslumbrou com a escadaria do hall, uma das obras-primas do palacete. Guardou inclusive detalhes de como ela foi feita na Alemanha, desmontada e trazida para ornar o Palácio.
Camila Pimenta, auxiliar da biblioteca da Dora Tomich Laender, acrescenta que, além da visita, os livros também mostram muitos pontos turísticos da cidade e rememoram essa história. Durante o passeio, ela atenta para as crianças lerem as informações dos totens e as datas dos acontecimentos.
Como marcar as visitas ao Palácio da Liberdade
As diversas opções de visitas ao Palácio da Liberdade são sempre gratuitas, têm vagas limitadas e estão disponíveis no link www.sympla.com.br/appa. Os ingressos são obrigatórios para adultos e crianças a partir de dois anos de idade. Nesse link também estão disponíveis as regras de visitação.
Via: diariodocomercio