Uma pessoa não identificada cobriu, com tinta branca, os seios de uma mulher pintada pela artista Patrícia Caetano.
Dez dias depois que 54 grafiteiros deram um novo colorido à Praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, pintando de forma alegre e criativa os tapumes que cercam o canteiro de obras de revitalização do espaço, o vandalismo também deixou as suas marcas. Três painéis foram pichados. Uma pessoa não identificada cobriu, com tinta branca, os seios de uma mulher pintada pela artista Patrícia Caetano (Pat Caetano). A pintura da artista sobre a madeira pedia respeito às mulheres com a frase “Respeita as Minas”. Em outro painel com os nomes de todos os artistas, o vândalo pichou a seguinte frase, com vários erros ortográficos e de concordância: “Cês num cuida nem dos ponto de turismo. Imagina das favela”.
A pintura dos painéis faz parte do projeto Mural da Liberdade, dentro de uma parceria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com o Instituto Amado, criado pela Galeria de Arte Quartoamado, para desenvolver projetos com viés sociais, artísticos e educativos. Os artistas tiveram apoio do Movimento Gentileza. A PBH informou que “que lamenta o desrespeito com a obra da artista plastica Patrícia Caetano”. Ainda de acordo com a PBH, nenhum suspeito foi identificado.
REVITALIZAÇÃO
As intervenções da segunda fase da revitalização da praça da Liberdade começaram no início de julho. Mas, já em maio, na primeira etapa, houve ações como poda de árvores e troca do sistema de iluminação, segundo a PBH. O projeto, orçado em R$ 5,2 milhões, é uma parceria entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), a prefeitura e a Vale. As obras incluem restauração do coreto, da estátua Ninfa e do piso da pista de caminhada, reinstalação de monumentos e substituição do mobiliário. A previsão é que os trabalhos terminem em novembro. (Com colaboração de Thuany Motta)
Via: otempo